E um turbilhão passou por mim, foi forte o suficiente para bagunçar tudo e sutil para me deixar tudo no lugar. Me fez virar um emaranhado de intenções e não intenções, ser a calma do Mar Morto e ao mesmo tempo ter a fúria de uma tempestade em alto mar. Fez tudo ser limitado como um aquário e vasto como o oceano.
Agora eu sei que não preciso de você para me sentir vivo e, sei que preciso de você.
Sei que tenho todo aquele jeito malicioso e, ao mesmo tempo, sou uma criança sorrindo com um pirulito na mão.
Eu sei que eu já não faço falta para você e nem você para mim, mas sei que você sente minha falta e eu sinto a tua.
Eu sou a contradição, o complexo e o não entendido. Sou simples, direto e de fácil entendimento. Sou isso e aquilo. Sou esse e aquele. Eu sou o silêncio gritando, sou o grito de paixão silencioso, o silêncio de amor barulhento.
Eu sou o que você jogou fora, sou o que você mais quer e não tem, e tem. Sou o que você desejou, o que deseja e desejará. Sou o que você nunca quis de uma forma única, mas quis de todas as formas.
Eu estou perto, longe, do seu lado e em outro estado. Sou mais velhos, mais novo, da mesma idade.
Eu sou o indecifrável de fácil leitura. Eu te vejo, mas não sei como você é. Eu te entendo, mas não sei o que você quer. Eu me entendo e não sei o que quero. Eu te quero, mas nunca te quis, nunca te amei e mesmo assim você é e será sempre o meu maior amor. Você foi a minha paixão não vivida e foi a que vivi mais intensamente. Você é a que eu vivo mais intensamente e sem nem vivê-la.
Eu não te amo, eu te amo.

1 comentários

  1. Unknown // 12 de janeiro de 2009 às 15:15  

    paradoxos amorosomente confusos...o eu te amo resumiu tudo.
    beijo!